Um dos maiores desafios para quem quer deixar de ser empregado e tomar as rédeas do seu próprio negócio é saber o quanto cobrar pelos seus produtos. Para quem nunca teve experiência com preços, é normal sentir uma insegurança e sentir que está caro ou barato demais o seu trabalho.
Pior ainda é quando um preço parece certo, mas em longo prazo as contas não fecham e o negócio acaba indo para o buraco. Por isso, listamos 4 dicas para quem não quer se atrapalhar na hora de calcular e definir o preço dos seus produtos. Acompanhe!
1. Calcule suas despesas fixas e variáveis
Essa é a hora de colocar no papel tudo que será gasto para fabricar e vender sua mercadoria. Os primeiros gastos que devem ser avaliados são despesas fixas, como conta de luz, água, salários de funcionários e o pró-labore, que é o salário do empreendedor.
Depois, some eventuais custos variáveis, como comissões de vendedores ou gastos com frete. Para saber o impacto de todas essas despesas no preço de um produto individual, é preciso fazer uma previsão de quantas unidades da mercadoria serão vendidas ao mês.
Ou seja, se você tem custos fixos e variáveis de mil reais mensais para, por exemplo, produzir coxinhas em casa e estima vender 5 mil unidades todo mês, no custo de cada uma delas deverá ser somado o valor de R$ 0,20, que é R$ 1 mil dividido por 5 mil.
2. Some o custo da mercadoria
Depois de saber o valor das despesas fixas e variáveis, o próximo componente para calcular e definir o preço do produto é o custo material para fabricação do mesmo. Imaginando que você decida, por exemplo, vender salgados para festas, entram no custo da mercadoria a farinha usada na massa, os recheios e até as ferramentas de trabalho compradas com essa finalidade.
No caso de equipamentos, uma boa prática é dividir o valor gasto com eles em um número de unidades que ele será capaz de produzir antes de gerar custos significativos de manutenção e precisar de reposição.
3. Lembre-se dos impostos
Esse é um ponto crucial que pega muitos empreendedores de surpresa. É importantíssimo se informar sobre todos os impostos e taxas aplicáveis ao produto que será vendido. Pior que ter que pagar impostos altos é não se planejar para eles e ser surpreendido, ainda mais em um momento em que cada centavo do investimento conta muito. Lembre-se de incluir mais esse custo na formação do preço que você cobrará dos consumidores.
4. Calcule e defina o preço de venda
De posse de todos os cálculos acima, fica fácil saber qual é o valor que deve ser cobrado por cada produto, mas é importante acrescentar algo muito importante: o lucro, que é a remuneração pelo capital investido na empresa. É muito importante não confundir com o pró-labore, que é o salário do empreendedor. É importante que o lucro seja entre 2% e 4% ao mês, mas, dependendo do seu negócio, essa margem pode ser até maior.
Por fim, para ter certeza então que a definição de quanto cobrar está correta, é só avaliar o aspecto mercadológico do preço: se o valor de cada mercadoria está muito acima do que é cobrado por concorrentes, é importante revisar e enxugar despesas, ou então descobrir se vale a pena mesmo investir nesse produto.
Se o preço está muito abaixo, também é recomendado rever os cálculos para garantir que está tudo certo. Caso esteja, aproveite a vantagem competitiva para vender mais barato e/ou operar com uma margem maior.
Pois é, saber calcular e definir o preço dos seus produtos é fundamental para a visão do seu empreendimento. Aproveite que já aprendeu e compartilhe este artigo nas redes sociais para espalhar esse conhecimento tão importante para quem está começando um negócio!
Mantenha contato com a gente pelas redes sociais e fique por dentro de mais dicas e novidades. Facebook – Instagram.